"As tuas mãos são corações com dedos", depoimento


Imagem Margarida do Campo
Há mais de um ano, uma manhã acordei muito aflito, sentia-me mesmo muito mal, com uma tristeza além da tristeza. Não sabia o que fazer mas sentia que precisava de ajuda. Instintivamente liguei-te. Conhecia-te pouco, alguém me tinha contado que davas massagens. Nunca vou saber por que pensei em ti naquela manhã, no facto de fazeres massagens. Liguei-te para perguntar se podíamos marcar uma. Ficou para essa mesma tarde.

Nunca tinha feito massagem. Não fazia nenhuma ideia de como uma massagem podia acalmar o meu desassossego descomunal, nem acreditava que nada me pudesse sossegar. Mas aquela primeira massagem foi um bálsamo, senti tanto alívio, tanto conforto e tanto amor. Seguiram muitas mais, muitas horas a abandonar-me às tuas mãos e às emoções que elas faziam sair do meu corpo, como o pianista faz soar o seu instrumento. Há mais de um ano que fazes soar o meu corpo com risos, choros, memórias e hoje sinto-me forte, sinto-me feliz, sinto-me bem. 

Imagino que para cada pessoa seja uma experiência diferente. A massagem é um prazer e uma cura física, mas também uma viajem até à própria alma; é também uma forma de adquirir sabedoria. Mas o que não muda, o que fica constante, são as tuas mãos, que são corações com dedos; elas convidam a deixar-se estar em confiança, em amor, em força vital. As tuas massagens são curativas, são experiências amorosas e são uma forma de auto-conhecimento. 

Muito obrigado, Sati, por me teres aliviado e aberto a porta a uma dimensão nova de mim, por me teres mostrado uma dimensão da existência humana que desconhecia.    

Antonio (Historiador, 38 anos)


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