“Life is good”
“Oh yes, life is good” repetiu ao virar-se para cima durante a massagem, e com um sorriso beato fechou os olhos e continuou a desfrutar. Veio ter comigo em francês para lhe resolver um problema no braço. Ora eu não resolvo nada. Acolho com amor o que me é pedido e deixo que as minhas mãos vão fazendo o que acham que é de fazer. Sei que um problema é muito mais do que aparenta e por isso fluo como o coração e as mãos vão dizendo. Às vezes junto palavras, por vezes um abraço, chego até a cantar. Umas vezes o problema resolve-se logo, a maior parte das vezes ao fim de algumas sessões, outras nunca. Nada é garantido. No final da primeira massagem, na semana passada, o braço continuou a doer-lhe, embora menos, mas o humor melhorou substancialmente. Hoje voltou. Percebi que a par com as tensões havia muita falta de afecto, e as minhas mãos foram-lho transmitido. A certa altura disse, “Posso sentir amor no que estás a fazer”. E pouco depois exclamou, “Life is good.” As minhas massagens são ...