Uau, como é fácil aprender a tocar amorosamente

Imagem: Margarida do Campo

 “Tocar o Outro” foi o nome do primeiro workshop de massagem que dei. O objectivo era ensinar a apoiar o corpo de outras pessoas nas suas necessidades mais básicas: conforto, carinho, revitalização, relaxamento, saúde. Algo que qualquer um de nós pode fazer, pressentia-o eu, desde que aprenda como.


Imagem: Margarida do Campo
O toque que cura, que acalma, que alivia, que dá prazer, é um toque presente e amoroso e que conhece algumas regras técnicas. É isso que faço, é isso que resulta comigo, foi isso que me propus ensinar.
Tal como para falarmos correctamente temos que aprender gramática mas depois a podemos esquecer; para darmos massagens que façam bem à outra pessoa é preciso aprender algumas regras e depois de interiorizadas não é preciso pensar mais nelas.


Como foi maravilhoso ver como é fácil pôr as pessoas a fazerem isto. Mostrar-lhes como se está presente, mostrar-lhes o sagrado que existe na outra pessoa, como é maravilhoso tocar um ser divino, explicar-lhes como e onde se pode pressionar, onde os toques devem ser leves, que os gestos não devem ser bruscos… E vê-los fazerem. Vê-los ficarem felizes e sentirem-se bem a dar, verem-nos sentirem-se bem e sentirem-se felizes a receber, ver o amor fluir.
Como foi emocionante no final ter doze mãos no meu corpo, quentes, irradiando energia maravilhosa, sabendo o que fazer. Nunca mais vou precisar de procurar bons parceiros de trocas de massagem, pois tão bons como estes só os que vierem aprender a tocar directamente com o coração (as mãos são extensões do coração).


Sinto que a vantagem do que faço (é uma vantagem para mim, por isso o faço) é aliar a técnica, a intuição e a visão de que cada corpo é um templo sagrado, o tempo de um ser divino. Então a intuição é guiada pela reverência, devoção e amor, assente em conhecimentos técnicos.
Os resultados foram muito para além do que poderia imaginar… aliás, neste meu percurso os resultados são sempre tão surpreendentes para mim como para quem recebe (ou se calhar mais ainda para mim).


Este é um caminho que vou abraçar com todo o empenho e entusiasmo porque o mundo precisa disto. Precisa de pessoas que toquem com amor, que ajudem o processo físico e emocional dos indivíduos através do toque (quem não é tocado definha e acaba por morrer) e porque tocar com amor é também um bálsamo maravilhoso para quem o faz.
Hoje sei que ensinar esta arte é infinitamente bom. Que todos se permitam usufruir.

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