A dor traz mensagens: recebe-as, elas trazem notícias de ti e da cura

Na semana passada todas as costas lhe doíam. Destacavam-se a
região lombar, os ombros e rigidez nas pernas. Tinha então acabado de decidir a
separação e era necessário continuar a vida, procurar nova casa, recomeçar
sozinho.
Uma semana depois estava já separado, instalado e as dores
tinham passado dando lugar àquele vazio próprio de quando se vai um amor.
Não foi ao médico, não tomou medicamentos e as dores
passaram.
A maior parte das dores passa sozinha. São sintomas de
dificuldades emocionais, conscientes ou não, e vivendo nós através do corpo,
elas manifestam-se nele para que a dificuldade se possa libertar.
O que é que se pode fazer para lidar com a dor? Muita coisa!
Acolhê-la e deixá-la manifestar-se, tentando perceber o que poderá querer
dizer. Meditar, fazer yoga, dar um passeio ao ar livre para o corpo relaxar e
ajudar a dor – e com ela o stress – a libertarem-se mais facilmente. Receber
uma massagem que vai relaxar e ajudar a aliviar esse ponto de tensão,
libertando-o e ajudando a libertar a própria causa. Pode também, em muitos
casos, ser necessária ajuda cognitiva: psicoterapia, rebirthing, coaching, etc.
Aliás, eu considero este tipo de apoio importantíssimo a nível de
auto-conhecimento e de ajuda para irmos mantendo mais ou menos arrumadas as
complexidades imensas que nos habitam.
O que é que a maior parte das pessoas faz? Procura ajuda
médica ou apenas medicamentosa, e dessa forma varre a poeira para debaixo do
tapete. A dor é atenuada mas o problema mantém-se, mal passa o efeito do
comprimido volta, e novamente debaixo do tapete e volta e debaixo do tapete.
Por causa desses medicamentos surgem outros problemas – a tensão
alta, a dor de estômago, o colesterol, etc., etc., e mais comprimidos. E é
assim que a indústria farmacêutica tem um negócio sem fim montado, porque esta
forma de tratar problemas o perpetua e traz mais.
Há uns dias numa farmácia da Amadora havia uma boa dezena de
pessoas acima dos 60 anos, levavam sacos grandes cheios de medicamentos. A
imagem que me veio foi a de que nas veias destas pessoas não corre sangue,
correm químicos.
(Considero, acredito - até pelos testemunhos de médicos e investigadores holísticos - que por vezes os medicamentos são necessários, tal como as cirurgias, mas muito menos vezes do que se pratica. São os dois últimos casos a considerar.)
(Considero, acredito - até pelos testemunhos de médicos e investigadores holísticos - que por vezes os medicamentos são necessários, tal como as cirurgias, mas muito menos vezes do que se pratica. São os dois últimos casos a considerar.)
Eu sei que muitos dos que me estão a ler me acham louca,
porque aprenderam (aprendemos todos) que as doenças físicas são físicas e têm
que se tratar com medicamentos. A mim a primeira pessoa que chamou a atenção
para o contrário foi uma psiquiatra. Eu acompanhava o então meu companheiro a
uma consulta, ele estava fortemente perturbado emocionalmente e a nossa vida espelhava
bem um universo de Dante. Eu estava de joelho dobrado, com canadianas. Andava há
uns três meses assim e nenhum médico encontrava o motivo. A psiquiatra disse “Atenção
que problemas emocionais provocam problemas de saúde reais.” Um mês depois
separámo-nos e no dia seguinte o joelho ficou bom.
Aquele joelho queria-me dizer que a minha vida com aquele
homem não avançava, eu é que ainda não o sabia ler.
Hoje recebo as dores como mensageiras, não tento livrar-me
delas, escolho cuidar-me. Por vezes ficam alguns dias, outras são bem rápidas a
ir embora. E está tudo bem. Até hoje estou a conseguir lidar com tudo sem
enterrar a cabeça na areia e ao não as matar permito que os stresses que elas
guardam se libertem. Desta forma vou ficando cada vez mais limpa, saudável e
feliz.
Igual, igual, igual para as doenças hereditárias. São
padrões de família, é preciso desmontar e/ou curar o que lhe deu origem.
grato pela partilha querida amiga.E pelo teu amor e cuidado com que me inspiras.
ResponderEliminarCarlos Ferreira
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