Sem palavras




“Pela primeira vez na vida fiquei sem palavras (…) senti-me divinamente amada”, “é difícil encontrar palavras para descrever o que aconteceu (…) nunca me senti tão bem cuidada”, “é difícil descrever, mas sei que me sinto muito bem, muito relaxado, calmo. Foi tão bom”.

Nos últimos tempos tem acontecido frequentemente as pessoas ficarem sem palavras depois de uma sessão de massagem.

As palavras descrevem acontecimentos conhecidos, sejam sentimentos, sensações, objectos, locais, pessoas, etc. Quando não conhecemos algo não sabemos o que havemos de lhe chamar.

O mesmo se passa nestas sessões de massagem.

Elas são uma meditação a dois. As pessoas colocam-se receptivas e eu, através das mãos, que são extremidades do coração, sinto-as e conduzo-as através do seu próprio corpo, que à medida que vai relaxando as vai levando ao encontro de si próprias, àquilo que existe lá dentro mas está ao nível do subconsciente: sensações, emoções, dores, alegrias e à própria história.

Como não é habitual as pessoas darem-se este tempo de qualidade, de auto-conhecimento, ainda por cima a dois e em profundo acto de amor incondicional, invariavelmente acontecem auto-descobertas. Daí ficarem sem palavras. Um sem palavras feliz, porque mesmo que por vezes surjam memórias dolorosas, ou energias difíceis sejam erradicadas do corpo, a sensação final é de profundo bem-estar, tranquilidade, alegria, prazer.

“Foi um exercício sublime de libertação de medos e de sentimentos menos nobres, entre os quais o de não merecimento (…) Terminei com a sensação de um imenso empoderamento e amor, tanto, tanto amor.”

“Parece que me tira de dentro coisas que não prestam. Fico com mais capacidade de me olhar e vejo-me com mais nitidez. Algumas vezes não estou bem aqui, vou até ao céu.”

(Esta é uma das minhas formas de contribuir para um mundo melhor. É talvez a que faço com mais talento. E talvez porque só me interessa contribuir para vidas melhores e um mundo mais harmonioso, sinto uma necessidade enorme de estar nesta sintonia de apoio das pessoas e as minhas mãos sentem-se chamadas cada vez que pressentem um corpo ou um coração em sofrimento.)

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